segunda-feira, 11 de outubro de 2010

CIRCO | O circo contemporâneo brasileiro.

A primeira escola que se instalou no Brasil chamava-se Piolin, em São Paulo, no estádio do Pacaembu (1977). Em 1982, surgiu a Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, onde jovens de todas as classes sociais têm acesso às técnicas circenses. Formados, os ex-alunos vão trabalhar nos circos brasileiros ou no exterior, ou formam grupos que se apresentam em teatros, ginásios e praças. Atualmente, a Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli, os Parlapatões, Patifes e Paspalhões, a Nau de Ícaros, o Circo Mínimo, o Circo Escola Picadeiro, o Linhas Aéreas e o Teatro de Anônimo, entre outros, formam o Circo Contemporâneo Brasileiro.
A história de um mito do Circo !
George Savalla Gomes, o Carequinha (imagem), nasceu em Rio Bonito, RJ, em 18 de julho de 1915. A mãe, aramista e trapezista, sentiu as dores do parto em cima do trapézio. Pouco tempo depois deu a luz a Carequinha, ali mesmo dentro do circo. Criado em uma tradicional família circense, não podia ter outro destino. Começou a trabalhar como palhaço aos cinco anos de idade e nunca mais parou, passando por vários circos nacionais e até um internacional, o Circo Sarrazani.
Hoje é um representante vivo da leva de palhaços marcantes do Brasil. Ironicamente George tem uma vasta cabeleira, que faz questão de pintar e manter bem penteada, numa prova de extrema vaidade. O apelido foi dado pelo padrasto, responsável pela peruca careca que obrigou o enteado a usar.
Carequinha foi o primeiro artista circense a trabalhar na televisão, na TV Tupi, onde ficou durante muito tempo. Foi o inventor do que seriam os programas de auditório. Como estava acostumado a trabalhar com o público, pediu ao diretor de seu programa para colocar uma platéia de crianças com seus pais para que seu show fosse mais real, o que acabou tornando-o uma personalidade de projeção nacional.
Sempre se deu muito bem com os negócios e foi pioneiro no marketing pessoal. O resultado disso, aliado ao talento nato, fez o artista gravar 26 discos que venderam 2 milhões de cópias, alavancar a venda de produtos infantis que tinham a sua marca, fazer cinema e ainda conquistar vários prêmios e homenagens pelo País.
Querido principalmente pelo público infantil, George ainda faz shows em festas infantis. E ao contrário de seus famosos companheiros, que morreram na miséria, está bem financeiramente. Mora numa casa confortável em São Gonçalo e é casado há 55 anos com a mesma mulher. A amada de longa data é uma professora que ele conheceu numa ocasião em que seu circo estava em Poços de Caldas. Apaixonada, largou tudo para casar e acompanhá-lo pelo Brasil todo. O palhaço tem quatro filhos, cinco netos e dois bisnetos.
FONTE: CASTRO, Alice Viveiros de. Artigos Variados | TORRES, Antônio. O Circo no Brasil.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

.... e abrem-se as cortinas....



.... e abrem-se as cortinas....




Respeitável público!”....

Quem jamais ouviu tão célebre frase?

... no picadeiro, as luzes acompanham as mais diversas formas de expressões, traduzidas em gestos de pessoas que mais parecem “caricaturas” de nossa imaginação... o inimaginável, o inconcebível... o improvável é o objetivo destes artistas que se apresentam sob os holofotes...se retorcem e se contorcem... trazem a vista pássaros tirados dos lugares mais improváveis... fazem malabares com objetos que decididamente não foram criados para a finalidade de estarem ali... reinventam a vida sob a forma de seres com pernas gigantescas... seres de narizes enormes, vermelhos como tomates maduros manipulam objetos que só existem nas mentes dos sonhadores... lágrimas? Só se for de saudades.... saudades do som dos aplausos e das gargalhadas estridentes e sem pudores.... dos “ohhhhs” que se repetem na escuridão, no momento em que lá em cima, no mais alto dos céus, uma figura se balança livre..solto...como quem baila sob o som da mais bela das canções...

Vidas que nos fazem viver... sentimentos que nos fazem sentir. Sentir a nostalgia do tempo em que, se avistava a longa distância, este mundo peregrino de céu colorido... de seres místicos e imaginário... de momentos inesquecíveis de “calafrios na espinha” e de gargalhadas estridentes... coisa que só o Circo pode proporcionar.

Salve velho palhaço....